terça-feira, 27 de maio de 2008

A Terra do(s) Pai(s)

Conhecemos os nossos pais, desde sempre, mais pelos afectos.
Só tardiamente, e se alguma vez o chegamos a fazer, analisamos de forma imparcial os seres humanos que temos pela frente... A sua grandeza as suas qualidades, os seus defeitos e fraquezas. Uma vez que os meus não são população autóctone da terra onde nasci e cresci, sempre senti curiosidade de conhecer a(s) terra(s) dele(s). Os cenários das estórias de infância e juventude que ouvia. Apesar de não ter crescido num meio urbano, a terra deles era ainda mais longínqua e interior, mais pobre... Estou a falar numa infância/adolescência passadas nas décadas de 20/30 do século passado. Estou a falar de gentes muito humildes, o que me transporta para vidas de pobreza, mas de pobreza feliz que não encontro nos dias de hoje.
Tudo isto para falar na terra deles. Nunca lá fui em miúdo... só há 5 anos lá fui pela primeira vez.
Tive sempre a sensação que ao ver as pessoas, os sítios os podia associar e finalmente percebe-los melhor e em ultima analise perceber-me também.
Um destes dias podiam descobrir que os locais de origem alteram os genes, por osmose, por absorção ou por outro processo... Seria como se essa mutação genética me fosse transmitida... mesmo que nunca lá tivesse ido... uma parte de mim era explicada pela geologia dos locais onde viveram os meus progeni... pais e avós e por ai abaixo até às raízes mais fundas da minha arvore genealógica...

terça-feira, 13 de maio de 2008

O(s) génio(s) que não bate(m) bem da bola.

Ou A BESta que nunca foi BEStial


Sempre pensei como seria bom encontrar uma lâmpada, com um génio lá dentro e poder pedir 3 desejos... e, fazendo batota, um desejo seria ser ter sempre mais outros 3. Ter mais olhos que barriga. As histórias deste tipo são sempre moralista e quem pede acaba por não pedir o mais importante, pedindo apenas futilidades...
Ia eu embalado nesta fantasia, quando vi o anúncio de um certo Banco com um certo de jogador de Futebol. Acreditem que o meu imaginário foi destruido. O Sr, apesar do acne juvenil, lá sabe muito bem jogar à bola. Tomara eu pagarem-me o que lhe pagam... mas saiu mesmo bronco o génio... mas também o BEStial banco, tem o que merece e o que merecia mesmo a fuga maciça de clientes, face à lamentável, e desnecessária (digo eu) desmarcação, feita nestes dias quando um cantor conhecido por organizar concertos de solidariedade, acusou os governantes de um certo pais africano de serem um bando de criminosos.
Não é novidade nenhuma que o são. Não é novidade nenhuma que os interesses económicos se sobrepõem à falta de vergonha...Onde é que está o nosso primus inter pares? O nosso Filósofo da propaganda? Aqui ficam a metade dos meus desejos (um desejo e meio): o primeiro seria que houvesse principios para acabar com a pouca vergonha das vénias ao vil metal; o meio desejo seria que achassem um génio com metade da buçalidade do do tal anúncio.
Pois, estamos mesmo no reino da Fantasia e das histórias de faz de conta.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Tudo o que diz o silencio

Tudo o que diz o silêncio,


O olhar não conta,


O corpo não expressa,


Às vezes...só a alma sabe.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Desejo


Por ti anseio, quero estar no teu enleio.
Absorver-te nos meus braços, conhecer-te todos os espaços.
Percorrer tuas costas, morder-te o pescoço e por detrás,
Mostrar-te tudo o que sou capaz.
Adorar-te os pés, chupa-los de lés a lés.
Olhar teu corpo inteiro, sentir à vez cada seio
Beijar-te por todo o lado e ficar-me no meio
Demorar-me ai... Lábios nos lábio com trabalhos de linguas sábios
Estimular-te até ao completo devaneio.
Tocares-me e sentires-me quando falo: Fá-lo ao falo!
O meu extremo quer ocupar o teu espaço,
Completa-lo como a maré, seja deitado, por cima ou por baixo, em pé...
Sentir-te fêmea, sentires-me macho mas quando acabar ficar apenas no teu regaço.
Depois do feito não é nada complexo... É sempre bom fazê-lo e nunca ter falta de ...nexo.